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O POVO E O AMOR POR CAMAÇARI – A HISTÓRIA DE DONA DOMINGAS


Fotos: Jean Victor


A diversidade é uma marca do povo de Camaçari, que acolhe pessoas vindas de diversas cidades e estados. A história do amor de Maria Domingas da Silva Magalhães, 68 anos, conhecida como Dona Domingas, pelo município se confunde com a de milhares, que escolheram Camaçari para viver, trabalhar, criar filhos e ser feliz.

Há 42 anos, Dona Domingas, que é natural de São Sebastião do Passé, do lugarejo Buranhém, chegou ao município com o esposo, já falecido. Ele veio para trabalhar na época no Polo Petroquímico, hoje Polo Industrial, e trouxe a esposa e três filhos, Djan, Deise e Danili, aqui, a família aumentou com a chegada de Daniela.“Já gostei de Camaçari desde a primeira vez”, relata ao explicar que veio ao município para fazer uma visita.


Ela mora na Gleba C, mas é conhecida por todos os cantos do município, muito disso, em relação ao trabalho desenvolvido no Conselho Tutelar.


“Os meninos cresceram e eu sempre fazendo curso, adorava, era de secretariado, entre outros. Quando eu fiz 38 anos, fiz magistério, com essa idade. Daí eu ensinei três anos em uma escola particular e, de lá, surgiu uma proposta de ser Conselheira Tutelar – por ser idônea, responsável – então eu fiz a inscrição a 1ª vez, ficando até 2020, só que intercalando, porque é eleita por três anos, ficava mais três fora e voltava, com essas idas e vindas fiquei 16 anos”, afirmou.

Com muita alegria, Dona Domingas fala da experiência de trabalhar por tantos anos em uma área tão importante, “adoro trabalhar com o povo, gosto demais de encontrar na rua, porque nunca deixo de ser conselheira, dizem que ‘uma vez conselheira, sempre conselheira’. Pessoas que me encontram, que conseguem meu telefone, que descobre onde eu moro, e eu sempre dando orientação às que vêm me procurar, tratando-se de crianças e adolescentes”.



Por estar há tanto tempo no município, ela acompanhou com satisfação o crescimento de Camaçari.


“É uma terra que eu adoro, uma cidade linda, do Polo Petroquímico. Evoluiu bastante, uma coisa que está me satisfazendo é ver aquela Estação (Centro Histórico), que é minha recordação de andar no trem, sendo restaurada”, disse ao complementar, “mas o que mais gosto de Camaçari é a convivência com o povo. Até hoje me sinto acolhida por pessoas em cada lugar que vou e, principalmente, pelas pessoas que eu atendia no Conselho Tutelar”, concluiu de forma sorridente e carinhosa.

Esta matéria é em comemoração ao aniversário de 264 anos da emancipação política de Camaçari. Ela retrata a história do povo, que chegou, criou laços e com amor e dedicação transformou o município em um dos maiores do estado, e, por isso Dona Domingas deseja “que Camaçari cresça, seja muito feliz e que tenha muitos e muitos anos de vida ainda, sempre prestigiando aos moradores que estão e os que virão”.


A família criou raízes em Camaçari e delas vieram as netas, Maria Clara, 15 anos, Maria Eduarda, 11 anos, e Ayla, 7 anos. Para elas, o sonho de Mingas, como os íntimos a chamam, é que a cidade continue evoluindo.


“Espero que daqui para frente Camaçari há de progredir, para que elas tenham acesso às diversas escolhas delas, tanto no estudo quanto no trabalho, e nas outras oportunidades que virão. De ser aqui dentro de Camaçari, que não precise sair”, afirmou a moradora que, por amor, não pretende deixar a cidade.
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