Através de uma parceria entre a escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBa), a Bahia Cidadã e a Central Única das Favela(CUFA)- Nordeste de Amaralina, foi realizada na última sexta-feira (7), uma atividade de turismo comunitário com estudantes norte americanos no complexo do Nordeste de Amaralina. Fizeram parte da atividade, 15 estudantes brasileiros e 16 americanos, do curso de relações internacionais da Universidade de Michigan/Ufba, além de três docentes.
Durante a tarde, a equipe percorreu diversos pontos da comunidade apresentando aos “gringos” o que é que favela tem.
A equipe teve a oportunidade de conhecer os principais pontos do Nordeste de Amaralina. O roteiro foi iniciando nas Casinhas, quando foi mostrado um pouco da arquitetura da favela. Logo depois, se deliciaram com as iguarias da Coxinha da Nega.
Teve também roda de capoeira com o Mestre Empenado e visita ao trabalho do artista plástico André Fernandes. O tour foi finalizado no projeto Quabales.
“É importante mostrar as potencialidades das favelas. Não podemos achar que Salvador tem apenas praias, Pelourinho e o Centro Histórico. Possuímos também dentro das comunidades muita cultura, arte e atrativos para os turistas. É promover o turismo de base comunitária. Aqui, na região do Nordeste de Amaralina, temos uma cultura potente, na arte, na dança, gastronomia, música, entre outros. Precisa ser explorado”, explica Juca Ribeiro, responsável pela CUFA.
“Eles vêm pra cá, passam 42 dias, tendo aulas de segunda a sexta, sobre diversos temas recorrentes do Brasil com a realização de visitas técnicas. Estamos neste bairro que é muito rico culturalmente. Para eles está sendo uma experiência única, pois eles saem dos muros das salas de aulas e ganham a vivência prática”, revela Luciana Veras, professora adjunta da UFBa.
“Estou super feliz. Já é a segunda vez que eles vêm comer minha coxinha. Estou de braços abertos, feliz e orgulhosa”, diz a empreendedora local Nega.
De acordo com a estudante Natali Hafmon, 22 anos, está sendo uma vivência especial:
“Muito lindo. Essa comunidade é muito generosa e acolhedora. Estamos super avontades. Gostei de tudo”, diz. Questionada pela reportagem sobre o que mais chamou atenção na comunidade, a jovem revela: “As casas, os costumes, a capoeira… Conhecia a capoeira no Pelourinho, mas aqui tive a chance de aprender um pouco mais da origem, história, além disso, uma apresentação que me arrisquei a aprender a jogar”.
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