
A jovem de 18 anos, morava em Mirante de Periperi, caminhava debaixo de um sol escaldante, na praia da Ribeira, tentando vender de mesa em mesa um prato de peixe frito que lhe rendia apenas dois reais por porção.
Antes de vender peixe na praia e ainda sem sonhar com a carreira de modelo, Monique já expressava seu lado artístico através da dança. Aos sete anos entrou para a Escola de Dança da Funceb, onde permaneceu até os 16 anos.
O primeiro concurso de moda que participou foi um projeto que ela descobriu na internet. Imediatamente sua mãe a inscreveu. Monique bem perto mas não pode disputar a final porque a família não podia arcar com a viagem até Santa Catarina. Nessa época, contava com a ajuda da mãe, Adenira, e do pai, Cid. “Na época da minha primeira competição, eu não tinha dinheiro de transporte para ir. Tinha o de ida, e não tinha o de volta. Eu lembro que na hora de voltar só tinha uma passagem. Meu pai me olhava e dizia: ‘Poxa, como vamos voltar? Mas o importante é que chegamos até o nível três”, lembra ela.
A partir daí, ela não parou mais. Aos 13 anos, Monique passou a vender peixe na praia para ajudar em casa. Nessa mesma época, sua mãe soube do Afro Fashion Day e inscreveu sua filha.

Um agente, que morava em São Paulo, vinha à Bahia de vez em quando. Numa dessas vindas, surpreendeu-se quando, numa praia, encontrou Monique, casualmente, enquanto ela vendia peixe frito. Foi a partir dali que selaram a parceria profissional. Atualmente com 18 anos, Monique está morando em São Paulo, para se dedicar à carreira.
A modelo desfilou três seguidas Afro Fashion Day e já acumula em seu currículo a participação no clipe da música Me Gusta, de Anitta; uma capa para a revista Elle; um desfile no São Paulo Fashion Week e o trabalho mais recente, a participação no clipe da música Idiota, de Jão.
Ao Belezas do Subúrbio, Monique disse: “Que vocês nunca desistam do sonho de vocês, por mais difícil que seja! Acreditem em vocês, mesmo que o mundo em si não acredite, porque não tem nada melhor do que viver o próprio sonho!“.
Texto: Emilly Tifanny Oliveira/Correio