O mar da Baía de Todos-os-Santos e a percussão da Banda Yaya Muxima, acompanhada por um trio elétrico, fizeram a alegria de quem assistiu a II Caminhada LésBi, neste domingo (25), no bairro da Barra, em Salvador.
A ação, que tem o apoio do Governo do Estado, marca a passagem do Dia do Orgulho Lésbico, 19 de agosto, e Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, 29 do mesmo mês.
Na ocasião, houve a entrega de prêmios a pessoas e instituições, como forma de reconhecer a atuação em prol do público LGBTQIAPN+. A atividade tem o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e da Coordenação Geral de Juventude (Cojuve). De acordo com Lucinéia Rocha, da coordenação executiva da SJDH, só em 2024, 21 eventos como este receberam algum tipo de apoio da secretaria, como forma de reforçar a política de diversidade da gestão estadual.
“O nosso objetivo é poder fazer esse apoio nesse momento e na construção de políticas de direitos humanos, reafirmando o posicionamento do Governo do Estado, na construção dessa política de direitos humanos diversificada, para pessoas LGBTQIAPN+, para pessoas negras, com essa diversidade religiosa”, explicou Lucinéia, frisando que os projetos selecionados ocorrem em bairros da capital e outras cidades baianas.
O público que participou da caminhada é estimado em cerca de mil pessoas. Uma delas foi Carol Xavier. Para ela, é importante conscientizar a sociedade sobre o respeito à diversidade.
“Na caminhada a gente quer reivindicar nosso direito de amar quem a gente quiser porque a nossa sexualidade não muda quem somos. Queremos mostrar que a gente também tem o direito de amar em qualquer lugar, onde a gente quer ocupar o espaço no mesmo lugar do hétero e sem ser visado com julgamentos”, considerou Carol.
O tema desta edição foi "Reivindicar direitos para celebrar a vida".
A organização é dividida entre Potência LésBi, Coletivo Marê e Amor de Cria, em parceria com outras instituições. De acordo com Bárbara Alves, da Potência LésBi, este é um movimento de resistência.
“Direito é uma condição nossa, que nós precisamos. Nós estamos sendo assassinadas, invisibilizadas, só porque a gente gosta de mulher, tem desejo por mulher. Por isso a necessidade de fazer uma caminhada LésBi, para dizer que nós existimos, nós queremos que nossos direitos sejam garantidos”, destacou Bárbara.
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