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CAFÉ DA BAHIA VOLTA A CONQUISTAR O TOPO EM PREMIAÇÃO INTERNACIONAL


Foto: Silvio Ávila | Divulgação


Produtores baianos ganham primeiro, segundo e sétimo lugares no Cup of Excellence


“Estamos localizados na Chapada Diamantina, em Piatã, a cidade mais alta do Norte e Nordeste do país e cultivamos o café a 1.230 metros de altitude, o que já garante uma qualidade à produção. O nosso café é arábica, variedade catuaí”, é o que conta o cafeicultor Antonio Rigno de Oliveira como forma de atestar que o café que produz na Fazenda Tijuco é bom.


E isso é comprovado internacionalmente pelo resultado do Cup of Excellence 2022, principal concurso de qualidade do mundo para o produto, que consagrou Antonio Rigno como o campeão deste ano. Mas ele não foi o único produtor baiano a ganhar destaque com o cultivo de café especial. Mais dois cafeicultores do estado foram premiados pela competição.

Respectivamente, Maridalton Santana e Michel Freitas conquistaram o pódio de segundo e sétimo lugar na disputa. Essa, por sua vez, é realizada no Brasil pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).



Para Antonio, que conquistou o primeiro lugar, ser premiado pelo Cup of Excellence 2022 é uma honra para a Fazenda Tijuco e também um reconhecimento do processo produtivo do cultivo do café, que é feito com muita dedicação.


“Estamos há mais de 40 anos no ramo de cafés, e a pouco mais de 20 anos produzindo cafés especiais. Então, esses prêmios vêm para a gente como um reconhecimento de uma história de cuidado no cultivo dessa planta tão especial”, afirma Antonio.

Cultivo em família


Com a família totalmente imersa no mercado cafeeiro, o bom sentimento de conquistar o pódio do Cup of Excellence não vem de agora para Antonio. Desde 2009, o concurso vem premiando os cafés especiais dos familiares do patriarca com o primeiro lugar. E essa sucessão de reconhecimento vai além de atestar a boa qualidade do produto baiano e abre as portas do mercado internacional e valoriza a precificação.


“Em 2009, 2015 e 2022 conquistamos o primeiro lugar e, em 2014, conquistamos o primeiro, segundo e terceiro lugar. O impacto é sempre muito positivo, afinal, aumentando a qualidade aumenta também o valor. Hoje nosso café é reconhecido mundialmente, sendo exportado para países como Austrália, Japão e os Estados Unidos, além de países da Europa”, destaca o cafeicultor da Fazenda Tijuco.

Antonio também conta que, em toda a história do concurso, nenhum produtor, em todos os países que realizaram a premiação, conseguiu ganhar mais de uma vez.


“Nós conquistamos por quatro vezes o primeiro lugar. A perspectiva é continuar evoluindo, sempre buscando melhorar e buscar o primeiro lugar nas próximas premiações também, claro”, afirma o produtor.

Trajetória de prêmios


Quem também tem uma trajetória de premiação em competições da cafeicultura é Maridalton, que também reside em Piatã e neste ano conquistou o segundo lugar no Cup of Excellence. A sensação que ele tem em ter conquistado uma das maiores colocações da disputa é de dever cumprido.


“É muita alegria ter o meu trabalho reconhecido com essa colocação. Ela abre novas perspectivas para as próximas, pois estou me aperfeiçoando a cada dia”, pontua Maridalton.

O segundo lugar foi a melhor colocação que Maridalton já teve até então, mas seus feitos são muitos quando o assunto é ter seu café, que é produzido no Sítio Bonilha, reconhecido.


“Em 2014, fui finalista do Cup of Excellence. Em 2018, fiquei em sétimo lugar e, agora, em segundo lugar”, comemora o cafeicultor.

O café que garantiu a colocação de Maridalton foi o cereja descascado Catuaí 144. Até chegar aos avaliadores, o processo de produção foi: colher o café maduro (cereja) descascado e levar ao terreiro para secagem. Depois disso, quando já estava seco, o café foi ensacado e armazenado em local apropriado. Em meio a tantas etapas, que já fazem parte da rotina do produtor desde o ano 2000, o reconhecimento veio e novas portas foram abertas no comércio.


“Com o resultado do concurso, quando o café vai a leilão, ele tem um valor diferenciado, não só no lote que leiloamos. Fora isso, a procura também aumenta por parte dos compradores de café”, diz Maridalton.

Estado em evidência


Para o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes, a conquista dos prêmios pelos cafeicultores é muito importante, pois coloca em evidência a boa produção da cultura no estado, sobretudo no âmbito de café especial, e coloca os premiados no mapa mundial do café. “Isso é motivo de orgulho para nós da Assocafé.


“É muito lindo ver a produção local ser reconhecida e quebrar as barreiras geográficas. Com a premiação, há ganhador que recebe compradores de café especial do Japão, Inglaterra, Coreia do Sul, dentre outros. Toda essa movimentação impacta os demais cafeicultores, que se inspiram nos premiados”, afirma o presidente da Assocafé.

Assim como João, o superintendente do agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Claudemir Nonato, 63, também reconhece o bom impacto das premiações na economia estadual.


“O reconhecimento internacional agrega valor às cultivares, e a Bahia mostrou seu potencial, com cafés de excelente qualidade. Com isso, compradores de café de todo o mundo disputarão sacas dos melhores cafés do Brasil em 2022. Assim, os valores alcançados devem ser bem superiores aos do mercado convencional”, destaca Claudemir.


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