7º FESTIVAL RADIOCA CELEBRA A MÚSICA BRASILEIRA NESTE FINAL DE SEMANA
- tiagoqs2
- 13 de dez. de 2023
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Nos dias 16 e 17 de dezembro, Salvador recebe a 7ª edição do Festival Radioca, que mergulha com tudo na música brasileira ao valorizar sua diversidade, misturar diferentes estilos e incentivar o público a se deparar com o novo.
Serão 10 shows, cinco a cada dia, na Fábrica Cultural, no bairro da Ribeira, com programação iniciada às 14h30.
A proposta é de que o público possa acolher toda a grade montada pela curadoria, que coloca a produção musical contemporânea do país como protagonista de um evento dependente de música. Ingressos estão à venda pela Ingressolive (www.ingressolive.com/7festivalradioca).
No sábado, o lineup apresenta Pato Fu (MG), Mahmundi (RJ), Juliana Linhares (RN), Dr. Drumah (BA) e Outras Vozes (BA). No domingo, será a vez de Chico César (PB), Mestre Ambrósio (PE), Mãeana (RJ), Luneta Mágica (AM) e Aguidavi do Jêje (BA). Devassa, patrocinadora do evento, também promove o “Momento Tudo Nosso Devassa”, ação de intercâmbio de artistas negros do Norte e do Nordeste nos festivais de música do Brasil. No Festival Radioca, o repentista e carimbozeiro paraense Mestre Damasceno e a cantora e instrumentista baiana Vanessa Melo farão participação especial no show de Chico César.
Com seis edições já realizadas desde 2015, o Festival Radioca busca apresentar artistas e acontecimentos musicais relevantes, enquanto escapa de obviedades e antecipa tendências, consolidando o lema de “A música que você ainda vai ouvir”. Figurado entre os principais eventos musicais do país, o Radioca já levou a seus palcos 65 shows de artistas de 14 estados de todas as regiões do Brasil, sem nunca repetir suas atrações.
O 7º Festival Radioca tem produção da Tropicasa Produções e patrocínio de Devassa e do Governo do Estado da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.
ATRAÇÕES DE 16 DE DEZEMBRO
Pato Fu (MG) – Reconhecida como uma das mais criativas do cenário pop brasileiro, a banda está celebrando seus 30 anos ininterruptos de estrada e traz o show da turnê do álbum “30”. Na apresentação, que mostra o lado mais pesado do grupo, estão canções de todos os álbuns de sua discografia e faixas do novo trabalho, lançado este ano. Com 13 discos e cinco DVDs, promete um repertório com hits autorais – entre eles “Canção Pra Você Viver Mais”, “Sobre o Tempo”, “Perdendo Dentes”, “Antes Que Seja Tarde”, “Simplicidade”, “Depois” e “Made in Japan” –, além das regravações criativas e originais, a exemplo de “Ando Meio Desligado” (Os Mutantes), “Eu Sei” (Legião Urbana) e “Eu” (Graforréia Xilarmônica). Mantendo-se incansavelmente original, o Pato Fu é formado por Fernanda Takai (voz), John Ulhoa (guitarra), Ricardo Koctus (baixo), Richard Neves (teclados) e Xande Tamietti (bateria).
Mahmundi (RJ) – A cantora, compositora e multi-instrumentista traz seu pop contemporâneo no show de seu quarto álbum, “Amor Fati”, lançado em maio deste ano. Com uma respeitada trajetória, que inclui os discos “Mahmundi” (2016), “Para dias ruins” (2018) e “Mundo novo” (2020), transita por música eletrônica, R&B, trap, reggaeton, numa atmosfera tropical que faz uma musicalidade peculiar e humanizada. Aos 37 anos, criada em Marechal Hermes, zona norte do Rio, mas radicada em São Paulo há um ano, ela trabalha com conforto com as novas tecnologias, as novas formas de chegar aos ouvidos das pessoas e também com as diversas maneiras de desfrutar música pop hoje.
Juliana Linhares (RN) – A cantora, compositora e atriz trafega pela música brasileira contemporânea dialogando com elementos da música tradicional nordestina. Traz a primeira apresentação em Salvador da turnê de seu primeiro disco solo, “Nordeste Ficção” (2021). Nas composições, há parcerias dela com Chico César, Zeca Baleiro, Khrystal, Moyseis Marques, Posada, Mestrinho e Jéssica Caitano, além de uma releitura do hino nordestino “Tareco e Mariola”, de Petrúcio Amorim. O álbum abre espaço para questionamentos sobre os significados de ser nordestina hoje. Como retirante, Juliana possui a observação particular a respeito dos clichês com que o resto do país enxerga sua região de origem.
Dr. Drumah (BA) – Alcunha usada enquanto produtor de beats pelo baterista Jorge Dubman, conhecido como integrante da IFÁ e de outros tantos projetos, Dr. Drumah teve o reggae como escola e os discos como professores, iniciando assim sua vasta pesquisa. Autodidata, trilha um já longo histórico junto aos samplers e drum machines. Se destaca pela marca que imprime em seus sons, seja como músico ou como beatmaker, usando texturas e timbres que tornam a sua música bastante particular. Entre álbuns, EPs e singles, somam-se 13 títulos lançados ao longo de 20 anos de carreira. O show do Radioca será focado no disco mais recente, “Nu-Konduktor” (2021).
Outras Vozes (BA) – Um bando de 11 artistas que, juntos no palco, passeia pelo repertório autoral de cada um. Ana Barroso, Ângela Velloso, Dorea, Daniel Farias, Fatel, Guigga, Lígia Rizério, Luiza Britto, Nalessa Paraizo, Théo Charles e Tom Lima formaram o coletivo em 2023, surpreendendo e emocionando pelo seu trabalho de composição e, também, pelo apuro vocal. A reunião dessas pessoas se deu como um movimento de fortalecimento mútuo, para mostrar o que a cena baiana tem produzido e para convocar, conjuntamente, a generosidade de uma escuta disposta a apreciar artistas apresentando suas canções autorais, releituras de músicas brasileiras e outras intervenções artísticas. No espetáculo, a poesia declamada conduz o fio entre as canções.
ATRAÇÕES DE 17 DE DEZEMBRO
Chico César (PB) – Ele é daqueles artistas que alcançaram a popularidade tendo a música e a poesia como fundamentos, sem jamais se descolar de sua identidade e qualidade de produção. Na turnê de seu décimo álbum, “Vestido de Amor” (2022), tem quase 40 anos de carreira artística, com repercussão internacional. Neste mais recente lançamento, aborda profundamente o tema do panafricanismo, desta vez do ponto de vista da diáspora. Foi seu primeiro trabalho concebido fora do Brasil, gravado na França com produção do franco-belga Jean Lamoot, numa narrativa honesta e lúdica de um mundo mestiço. Como resultado, surgem do forró do norte brasileiro ao reggae jamaicano, da rumba zairense ao calipso, do coco ao elétrico rock urbano, recolocando no centro o Nordeste brasileiro.
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS NO SHOW DE CHICO CÉSAR
Mestre Damasceno (PA) – Nascido no Quilombo do Salvá, no município de Salvaterra, arquipélago do Marajó, é botador de boi, repentista, cantador de carimbó, compositor de sambas, fazedor de rimas, poeta, pescador, contador de histórias e criador do Búfalo-Bumbá de Salvaterra. Possui mais de 400 composições e é notório representante da cultura popular do seu estado.
Vanessa Melo (BA) – Cantora, compositora e instrumentista, sua história com a música começou em 2005 quando ela iniciou o curso de clarinete. Depois seguiu estudando, participou do projeto Neojiba, fez curso técnico em música e hoje é artista independente. Também faz parte do Projeto Rumpilezzinho, que estuda a musicalidade oriunda das referências diaspóricas dentro da cultura baiana.
Mestre Ambrósio (PE) – Uma das mais importantes bandas do movimento Manguebeat estava há quase duas décadas sem se reunir nos palcos. O marco de 30 anos de criação do grupo inspirou o reencontro, que tem gerado reações emocionantes. Em clima de comemoração, Siba (vocal, guitarra e rabeca), Eder “O” Rocha (percussão), Helder Vasconcelos (fole de 8 baixos, percussão e coro), Cassiano (vocal e percussão), Mazinho Lima (baixo e coro) e Mauricio Bade (percussão e coro) revisitam o repertório dos três álbuns da carreira (“Mestre Ambrósio”, “Fuá na Casa de Cabral” e “Terceiro Samba”) com a formação original. O show mobiliza o público com a mensagem da diversidade e da valorização da cultura brasileira, dois elementos centrais do Manguebeat.
Mãeana (RJ) – Ana Cláudia Lomelino iniciou sua carreira de cantora aos 22 anos. Enquanto os CDs e LPs de Caetano Veloso, seu ídolo e maior influência musical e artística, dominavam sua estante, ela estudava dança na importante Faculdade Angel Vianna. Foi em 2007 que virou vocalista do grupo Tono, com quem permaneceu oito anos e gravou três discos. Ana então deu luz à carreira solo e assumiu a identidade Mãeana, com desejo de criar em volta de si um útero onde as pessoas possam entrar e tomar banho de som. De voz suave e melodiosa, lançou seu primeiro disco, “Mãeana”, em 2015, e “Mãeana2”, em 2021, ambos produzidos por Bem Gil. O repertório será composto por músicas que fizeram parte da história da artista até aqui. O canto virá acompanhado de guitarra, baixo e bateria, emoldurados pela estética singular de Mãeana, que transforma os palcos por onde passa.
Luneta Mágica (AM) – Formada em 2008, a banda de rock psicodélico se apresenta pela primeira vez em Salvador e chega pela primeira vez no Nordeste com o seu mais recente álbum, “No Paiz das Amazonas”, lançado no ano passado. O trabalho traz os dilemas existentes entre a metrópole manauara e a maior floresta tropical do mundo, mesclando influências da música tradicional local com referências de vanguarda espalhadas pelo mundo. A demo “Remédio pra Gripe” (2011), os discos “Amanhã Vai Ser o Melhor Dia da Sua Vida” (2012) e “No Meu Peito” (2015), além de um álbum de remixes em 2017, completam a discografia do grupo, que já circulou em festivais de todo o país, com destaque para o Lollapalooza BR, e do exterior, como o SXSW (EUA).
Aguidavi do Jêje (BA) – Criado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o grupo afro-percussivo é referendado nos toques de candomblé da nação Jeje-Mahin: uma orquestra de atabaques que se autointitula “ritual percussivo”. São 16 músicos/ogãs com idades entre 15 e 45 anos que cresceram no Terreiro do Bogum. As letras rememoram cantigas de candomblé e trovas originais da cultura popular, mas com um sotaque atual. Com arranjos inusitados, reúne atabaques, berimbau, agogô, pandeiro, caxixi e outros instrumentos construídos pelos próprios integrantes, além de pedais de efeitos e bateria eletrônica. O Aguidavi do Jêje chega ao Radioca com seu primeiro disco recém-lançado em novembro.
ENCONTRO DE FESTIVAIS DE MÚSICA DA BAHIA
Quando: 16 de dezembro de 2023 (sábado), 9h
Onde: Casa Rosa (Praça Colombo, nº 106 – Rio Vermelho – Salvador, Bahia)
Quanto: Gratuito
7º FESTIVAL RADIOCA
Quando: 16 e 17 de dezembro de 2023 (sábado e domingo), a partir das 14h30
Onde: Fábrica Cultural (Largo da Ribeira, nº 33 – Ribeira – Salvador/Bahia)
Atrações na ordem de apresentação
Sábado: Outras Vozes (BA) + Dr. Drumah (BA) + Juliana Linhares (RN) + Mahmundi (RJ) + Pato Fu (MG)
Domingo: Aguidavi do Jêje (BA) + Luneta Mágica (AM) + Mãeana (RJ) + Mestre Ambrósio (PE) + Chico César (PB) com participações especiais de Mestre Damasceno (PA) e Vanessa Melo (BA)
Quanto:
3º LOTE:
1 dia (sábado ou domingo): R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Passaporte para os dois dias: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)
Vendas: Ingressolive (www.ingressolive.com/7festivalradioca)
Classificação indicativa: 18 anos
Acesse todos os canais do Radioca: https://linktr.ee/radioca
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